Cultivo aplicado à Espécie Crassostrea rhizophorae
Introdução: Maricultura
A maricultura é definida como a arte de cultivar organismos marinhos. Compreende os cultivos de algas, crustáceos, peixes e os moluscos. É uma atividade que nos últimos anos vem apresentando um crescimento espetacular, essa alternativa de cultivo vem sendo utilizada em diversos países permite a realização de trabalhos na produção de alimentos de forma altamente racional, fazendo uso de aplicações diretas e baratas e com tecnologias que podem ser repassadas às comunidades pesqueiras.
Os Países asiáticos foram os pioneiros no desenvolvimento dos cultivos das espécies marinhas onde o cultivo de ostras vem de muitos séculos. O cultivo de ostras talvez seja uma das formas mais antigas de aqüicultura, datando, pelo menos, do período do Império Romano (Korringa, 1976).
Técnicas avançadas vêm sendo desenvolvidas nos países asiáticos, onde a ostreicultura é muito difundida, tornando-se uma atividade bastante rentável, que alem de suprir o mercado interno asiático realiza exportações para países como Itália, Alemanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, etc.
Na década de 70 iniciou-se as pesquisas com ostras em diversas partes do Brasil (Poli, 1995). sendo uma atividade que se encontra em expansão, principalmente na região Sul-Sudeste. É considerada uma atividade recente, e torna-se uma atividade alternativa ou paralela à pesca, de baixo custo que poderá minimizar problemas do setor pesqueiro e atuar como fator preponderante na preservação ambiental. É importante ressaltar a participação nas atividades de manutenção dos cultivos através da esposa e filhos menores dos pescadores que também atuarão com uma fonte complementar de renda à família.
A demanda de ostras tem aumentado consideravelmente e para evitar a dizimação dos bancos naturais através do extrativismo, que faz estes atingirem níveis perigosíssimos de desaparecimento de determinadas áreas, merece a atenção de pesquisadores e cultivadores no sentido de desenvolver nossas técnicas de manejo.
O Ceará possui regiões de estuários e baias com grande potencial de utilização para a produção aquícola. As condições presentes no delta do Rio Jaguaribe, no Ceará satisfazem a maior parte dos requisitos necessários ao desenvolvimento de um sistema de cultivo de ostras. Algumas áreas são subexploradas, algumas vezes por pura falta de iniciativas e outras vezes por falta de tecnologia de produção adequada.
Áreas como Sergipe, Alagoas, Maranhão e Pará, demonstram serem possuidores de boas condições para implantação de ostreiculturas com situação estuarinas favoráveis.
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